Senta-te confortavelmente num local tranquilo, colocando as mãos nos joelhos, de palmas voltadas para cima. De olhos fechados, visualiza-te a sair de casa, tomar o transporte que te levará para um lugar que te transmita paz, serenidade, amor…
Ao chegares, absorve com todos os teus sentidos esse lugar e com as tuas emoções sente essa paz, serenidade e amor.
Completamente envolvido por esse paraíso, imagina um sol gigante, de luz branca ou dourada, por cima da tua cabeça e inspira um raio dessa luz. Ela penetra pelo topo da tua cabeça, percorre todo o teu corpo: peito, abdómen, braços, pernas, até à planta dos teus pés, deixando-te envolvido numa nuvem de luz (branca ou dourada).
De seguida, visualiza duas grandes raízes, que partem da planta dos teus pés e se desenvolvem em direcção ao centro da terra. Elas far-te-ão sentir profundamente ligado ao chão que pisas.
Sente a paz que inunda o teu coração e, ao mesmo tempo, a terra por baixo dos teus pés.
Depois de assim permaneceres durante alguns minutos, inspirando devagar pelo nariz, olha em teu redor e procura um arco-íris. Visualiza cada uma das suas cores com um brilho intenso:
VERMELHO,LARANJA, AMARELO, VERDE, AZUL, ÍNDIGO e VIOLETA.
Imaginando que o arco-íris é uma escadaria, sobe cada degrau correspondente a cada uma das suas cores. Sente o seu brilho, envolve-te em cada uma delas.
Ao chegares ao último degrau, cor violeta, visualiza uma poltrona muito confortável e senta-te nela. Serás invadido por uma luz violeta à qual entregarás todas as tuas preocupações medos, angústias… De seguida, ela partirá levando-as consigo e tu sentir-te-ás mais leve, solto e feliz.
Toma agora o transporte de volta para casa. Ao mesmo tempo e lentamente, sente o teu corpo. Mexe devagar as mãos e os pés e, por fim, “já em casa”, abre os olhos.
Repete este exercício diariamente.
sexta-feira, junho 27, 2008
Os cinco princípios de Reiki
Só por hoje, não te zangues.
Só por hoje, não te preocupes.
Só por hoje, sê grato.
Só por hoje, faz o teu trabalho com gosto.
Só por hoje, sê gentil com todos os seres vivos.
terça-feira, junho 24, 2008
Amor e Medo
Quando eu te vejo e me desvio cauto
Da luz de fogo que te cerca, ó bela,
Contigo dizes, suspirando amores:
-”Meu Deus! que gelo, que frieza aquela!”
Como te enganas! meu amor é chama
Que se alimenta no voraz segredo,
E se te fujo é que te adoro louco…
És bela - eu moço; tens amor, eu - medo…
Tenho medo de mim, de ti, de tudo,
Da luz, da sombra, do silêncio ou vozes.
Das folhas secas, do chorar das fontes,
Das horas longas a correr velozes.
O véu da noite me atormenta em dores
A luz da aurora me enternece os seios,
E ao vento fresco do cair das tardes,
Eu me estremeço de cruéis receios.
É que esse vento que na várzea - ao longe,
Do colmo o fumo caprichoso ondeia,
Soprando um dia tornaria incêndio
A chama viva que teu riso ateia!
Ai! se abrasado crepitasse o cedro,
Cedendo ao raio que a tormenta envia:
Diz: - que seria da plantinha humilde,
Que à sombra dela tão feliz crescia?
A labareda que se enrosca ao tronco
Torrara a planta qual queimara o galho
E a pobre nunca reviver pudera.
Chovesse embora paternal orvalho!
Ai! se te visse no calor da sesta,
A mão tremente no calor das tuas,
Amarrotado o teu vestido branco,
Soltos cabelos nas espáduas nuas!…
Ai! se eu te visse, Madalena pura,
Sobre o veludo reclinada a meio,
Olhos cerrados na volúpia doce,
Os braços frouxos - palpitante o seio!…
Ai! se eu te visse em languidez sublime,
Na face as rosas virginais do pejo,
Trêmula a fala, a protestar baixinho…
Vermelha a boca, soluçando um beijo!…
Diz: - que seria da pureza de anjo,
Das vestes alvas, do candor das asas?
Tu te queimaras, a pisar descalça,
Criança louca - sobre um chão de brasas!
No fogo vivo eu me abrasara inteiro!
Ébrio e sedento na fugaz vertigem,
Vil, machucara com meu dedo impuro
As pobres flores da grinalda virgem!
Vampiro infame, eu sorveria em beijos
Toda a inocência que teu lábio encerra,
E tu serias no lascivo abraço,
Anjo enlodado nos pauis da terra.
Depois… desperta no febril delírio,
- Olhos pisados - como um vão lamento,
Tu perguntaras: que é da minha coroa?…
Eu te diria: desfolhou-a o vento!…
Oh! não me chames coração de gelo!
Bem vês: traí-me no fatal segredo.
Se de ti fujo é que te adoro e muito!
És bela - eu moço; tens amor, eu - medo!…
(Casimiro de Abreu)
Da luz de fogo que te cerca, ó bela,
Contigo dizes, suspirando amores:
-”Meu Deus! que gelo, que frieza aquela!”
Como te enganas! meu amor é chama
Que se alimenta no voraz segredo,
E se te fujo é que te adoro louco…
És bela - eu moço; tens amor, eu - medo…
Tenho medo de mim, de ti, de tudo,
Da luz, da sombra, do silêncio ou vozes.
Das folhas secas, do chorar das fontes,
Das horas longas a correr velozes.
O véu da noite me atormenta em dores
A luz da aurora me enternece os seios,
E ao vento fresco do cair das tardes,
Eu me estremeço de cruéis receios.
É que esse vento que na várzea - ao longe,
Do colmo o fumo caprichoso ondeia,
Soprando um dia tornaria incêndio
A chama viva que teu riso ateia!
Ai! se abrasado crepitasse o cedro,
Cedendo ao raio que a tormenta envia:
Diz: - que seria da plantinha humilde,
Que à sombra dela tão feliz crescia?
A labareda que se enrosca ao tronco
Torrara a planta qual queimara o galho
E a pobre nunca reviver pudera.
Chovesse embora paternal orvalho!
Ai! se te visse no calor da sesta,
A mão tremente no calor das tuas,
Amarrotado o teu vestido branco,
Soltos cabelos nas espáduas nuas!…
Ai! se eu te visse, Madalena pura,
Sobre o veludo reclinada a meio,
Olhos cerrados na volúpia doce,
Os braços frouxos - palpitante o seio!…
Ai! se eu te visse em languidez sublime,
Na face as rosas virginais do pejo,
Trêmula a fala, a protestar baixinho…
Vermelha a boca, soluçando um beijo!…
Diz: - que seria da pureza de anjo,
Das vestes alvas, do candor das asas?
Tu te queimaras, a pisar descalça,
Criança louca - sobre um chão de brasas!
No fogo vivo eu me abrasara inteiro!
Ébrio e sedento na fugaz vertigem,
Vil, machucara com meu dedo impuro
As pobres flores da grinalda virgem!
Vampiro infame, eu sorveria em beijos
Toda a inocência que teu lábio encerra,
E tu serias no lascivo abraço,
Anjo enlodado nos pauis da terra.
Depois… desperta no febril delírio,
- Olhos pisados - como um vão lamento,
Tu perguntaras: que é da minha coroa?…
Eu te diria: desfolhou-a o vento!…
Oh! não me chames coração de gelo!
Bem vês: traí-me no fatal segredo.
Se de ti fujo é que te adoro e muito!
És bela - eu moço; tens amor, eu - medo!…
(Casimiro de Abreu)
Que é Simpatia
Simpatia - é o sentimento
Que nasce num só momento,
Sincero, no coração;
São dois olhares acesos
Bem juntos, unidos, presos
Numa mágica atração.
Simpatia - são dois galhos
Banhados de bons orvalhos
Nas mangueiras do jardim;
Bem longe às vezes nascidos,
Mas que se juntam crescidos
E que se abraçam por fim.
São duas almas bem gêmeas
Que riem no mesmo riso,
Que choram nos mesmos ais;
São vozes de dois amantes,
Duas liras semelhantes,
Ou dois poemas iguais.
Simpatia - meu anjinho,
É o canto de passarinho,
É o doce aroma da flor;
São nuvens dum céu d’agosto
É o que m’inspira teu rosto…
- Simpatia - é quase amor!
(Casimiro de Abreu)
Que nasce num só momento,
Sincero, no coração;
São dois olhares acesos
Bem juntos, unidos, presos
Numa mágica atração.
Simpatia - são dois galhos
Banhados de bons orvalhos
Nas mangueiras do jardim;
Bem longe às vezes nascidos,
Mas que se juntam crescidos
E que se abraçam por fim.
São duas almas bem gêmeas
Que riem no mesmo riso,
Que choram nos mesmos ais;
São vozes de dois amantes,
Duas liras semelhantes,
Ou dois poemas iguais.
Simpatia - meu anjinho,
É o canto de passarinho,
É o doce aroma da flor;
São nuvens dum céu d’agosto
É o que m’inspira teu rosto…
- Simpatia - é quase amor!
(Casimiro de Abreu)
segunda-feira, junho 23, 2008
domingo, junho 22, 2008
sábado, junho 21, 2008
quarta-feira, junho 18, 2008
Princípios basilares na educação das mulheres celtas
...
Jamais permitas que o teu coração sofra em nome do amor.
Amar é um acto de felicidade. Porquê sofrer?
...
Amar é um acto de felicidade. Porquê sofrer?
...
Jamais permitas que a dor, a tristeza, a solidão, o ódio, o ressentimento, o ciúme, o remorso, e tudo o que possa tirar o brilho dos teus olhos, te dominem, fazendo arrefecer a força que existe dentro de ti.
...
Os versos que te fiz
Dixa dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem pra te dizer!
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer.
Têm dolência de veludos caros,
São como sedas pálidas a arder...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer!
Mas, meu Amor, eu não tos digo ainda...
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz!
Amo-te tanto! E nunca te beijei...
E nesse beijo, Amor, que te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz!
(Florbela Espanca)
Que a minha boca tem pra te dizer!
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer.
Têm dolência de veludos caros,
São como sedas pálidas a arder...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer!
Mas, meu Amor, eu não tos digo ainda...
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz!
Amo-te tanto! E nunca te beijei...
E nesse beijo, Amor, que te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz!
(Florbela Espanca)
quinta-feira, junho 12, 2008
Eu
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmão do Sonho, e desta sorte
Sou a crucilicada... a dolorida...
Sombra de névoa ténue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...
Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo para me ver
E que nunca na vida me encontrou!
(Florbela Espanca)
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmão do Sonho, e desta sorte
Sou a crucilicada... a dolorida...
Sombra de névoa ténue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...
Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo para me ver
E que nunca na vida me encontrou!
(Florbela Espanca)
Coroa de Rosas e de Espinhos
Sedenta de ódio, cega de despeito,
Nesta penosa e transitória lida,
A alma dos homens, pérfida e atrevida,
Perde às coisas mais nobres o respeito.
Dizem: "Tudo o que sentes no teu peito
Há-de um dia passar, — porque na vida
Tudo é incenso subtil, poeira diluída,
O que é terreno é efémero e imperfeito.
Um grande amor é como o resto... A gente
Quando menos espera, logo sente
Apagar-se o clarão da ignota chama."
Eu sei que tudo é como o fumo leve:
Foge: mas, porque a vida seja breve,
Há sempre um dia mais para quem ama.
(Mário da Silveira)
Nesta penosa e transitória lida,
A alma dos homens, pérfida e atrevida,
Perde às coisas mais nobres o respeito.
Dizem: "Tudo o que sentes no teu peito
Há-de um dia passar, — porque na vida
Tudo é incenso subtil, poeira diluída,
O que é terreno é efémero e imperfeito.
Um grande amor é como o resto... A gente
Quando menos espera, logo sente
Apagar-se o clarão da ignota chama."
Eu sei que tudo é como o fumo leve:
Foge: mas, porque a vida seja breve,
Há sempre um dia mais para quem ama.
(Mário da Silveira)
quarta-feira, junho 11, 2008
Aceitarás o amor como eu o encaro?...
...Azul bem leve, um nimbo, suavemente
Guarda-te a imagem, como um anteparo
Contra estes móveis de banal presente.
Tudo o que há de melhor e de mais raro
Vive em teu corpo nu de adolescente,
A perna assim jogada e o braço, o claro
Olhar preso no meu, perdidamente.
Não exijas mais nada. Não desejo
Também mais nada, só te olhar, enquanto
A realidade é simples, e isto apenas.
Que grandeza... a evasão total do pejo
Que nasce das imperfeições. O encanto
Que nasce das adorações serenas.
(Mário de Andrade)
...Azul bem leve, um nimbo, suavemente
Guarda-te a imagem, como um anteparo
Contra estes móveis de banal presente.
Tudo o que há de melhor e de mais raro
Vive em teu corpo nu de adolescente,
A perna assim jogada e o braço, o claro
Olhar preso no meu, perdidamente.
Não exijas mais nada. Não desejo
Também mais nada, só te olhar, enquanto
A realidade é simples, e isto apenas.
Que grandeza... a evasão total do pejo
Que nasce das imperfeições. O encanto
Que nasce das adorações serenas.
(Mário de Andrade)
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