Viver não é parar: é continuamente renascer. As cinzas não aquecem; as águas estagnadas cheiram mal. Bela! Bela!, não vale recordar o passado! O que tu foste, só tu o sabes: uma corajosa rapariga sempre sincera para consigo mesma.
E consola-te que esse pouco já é alguma coisa.
Lembra-te que detestas os truques e os prestidigitadores. Não há na tua vida um só acto covarde, pois não? Então o que mais queres num mundo em que toda a gente o é… mais ou menos? Honesta sem preconceitos, amorosa sem luxúria, casta sem formalidades, recta sem princípios e sempre viva, a palpitar de seiva quente como as flores selvagens da tua bárbara charneca!
(Florbela Espanca, Diário do seu último ano de vida)
E consola-te que esse pouco já é alguma coisa.
Lembra-te que detestas os truques e os prestidigitadores. Não há na tua vida um só acto covarde, pois não? Então o que mais queres num mundo em que toda a gente o é… mais ou menos? Honesta sem preconceitos, amorosa sem luxúria, casta sem formalidades, recta sem princípios e sempre viva, a palpitar de seiva quente como as flores selvagens da tua bárbara charneca!
(Florbela Espanca, Diário do seu último ano de vida)
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